SETOR DE SERVIÇOS DEFENDE A DESONERAÇÃO DA FOLHA EM REUNIÃO/ALMOÇO COM GUEDES – VALOR/online – 17/06/2021

“Em almoço com Guedes, dia 16/6, o presidente da Confederação Nacional de
Serviços (CNS), Luigi Nese, também reforçou a necessidade da desoneração
da folha para atender o setor, o que seria viabilizada com a criação de imposto
sobre transações financeiras, uma espécie de CPMF.
Propôs ainda para Guedes uma redução da contribuição previdenciária do
trabalhador em três pontos percentuais, sairia de algo entre 8% e 11% do salário
para 5% a 8%.
A insistência ignora as declarações recentes do ministro de que gostaria de fazer
uma reforma tributária ampla com a desoneração da folha de pagamento, mas
que no momento não discutiria o assunto. Nese disse ao Valor que o tema ainda
pode ser negociado no Congresso e “estamos dispostos a mostrar as vantagens
dessa proposta”.
Além disso, o presidente da CNS disse que, sem a desoneração, as discussões
sobre a criação da Contribuição de Bens e Serviços (CBS), que reformaria o PISCofins
com o objetivo de simplificar seu regramento e reduzir o potencial de
litígios judiciais, dificilmente andarão no Congresso Nacional.
“Se não tiver desoneração da folha, dificilmente passarão outras propostas”,
afirmou o presidente da CNS, que foi convidado por Guedes para o almoço,
realizado hoje (16) na sede do Ministério da Economia.
Segundo Nese, o ministro “gostou” das propostas apresentadas, até porque
Guedes defendia até um pouco atrás a aprovação do imposto sobre transações
financeiras para viabilizar a desoneração da folha. “Apresentamos nossa posição
e vamos defendê-la”, frisou o presidente da CNS.
Para tentar conseguir avançar na proposta da criação do CBS, o ministro já
declarou que considera conceder alíquota menor para o setor de serviços e
comércio e um pouco maior para a indústria. A equipe econômica discute a
criação de alíquotas diferenciadas para reduzir a resistência do setor de
serviços”.